-1-
De 6 a 12 horas de espera. Algumas dores musculares, algum cansaço, dissipado na vontade de estar ali, não estar só, mas sermos um só, em tons amarelo, a esvoaçar.
Às 12 badalas as lágrimas, não minhas, mas de quem sente de outro modo, a tal hora... a hora DA serenata.
"Gravado levo o fado e a balada
No peito pr'a toda a vida
A negra capa traçada
Chegou a hora da partida".
Para mim, alegria entre a nostalgia, a tal balada do 6º ano Médido, cantada e tocada por amigos, para acrescer ao orgulho de terminar, terminar bem.
-2-
Quem vem por bem bem-vindo é! Presença assídua, em 7 anos de Coimbra, em mais anos de vida. Desta, vieram também amigos de outras andanças, das que fazem crescer, e ,tudo junto ,numa amálgama de laços e comemorações. 'Já vim à Queima'. E eu 'vi'-te cá!
-3-
A falta que fazes. Porque desta regresso sem ti a casa. E é inédito em tantos anos de Universidade. Mas ainda assim marcas presença e fazes-me rir e fazes-me bem. É o último, estou feliz e sei que partilhas da sensação!
-4-
Cartolas e bengalas. O cortejo. As cores. Os banhos. A multidão, quem nos é querido, que nos quer bem, a quem devemos o estar aqui e o ser também. A "evolução", a (des)inibição, os rostos que passam, que sorriem. Chegar e não chegar, gargalhadas muitas. Bengaldas e presenças que são essenciais.
À noite o último "Quim", que ficará sempre em noites de Queima e nada mais que isso. Onde os corpos mexem, porque estão programados ao som habitual... e se dança e se canta, como se o amanhã tardasse e tarda mesmo..
-5-
O último (palavra omnipresente) jantar de curso. Atípico, pela tranquilidade e pelas ausências. Ainda assim o nosso jantar, o nosso ano, 2003/2009, que alguém gravará um dia no Penedo (tu?)
-6-
Alusão à portagem, porque é de todas as noite, é o princípio e o 'fim'. O Guitarras, Aeminium, Toledo, Montanha, Briosa... quem não regista? Os finos que passam a metade do preço a meio da noite? Os transeuntes alcoolizados, outros menos, O ponto de encontro.
-7-
Grande noite, grande noite, hoje vai ser a grande noite... O regresso do (último) jantar cá em casa, onde cabem 2 ou 3, cabem 33... Esse chá, que não é das 5, mas é tão divertido que só o pensar ir diverte. Mais uma vez não desapontou. E foi também a confirmação dos reencontros desta Queima. Que bem que sabem. O esferovite, aquela "piscina", a euforia, os olhos brilhantes...
-8-
A praça de touros e os corajosos (ou aparentemente) que enfrentam os cornos afiados. Antes ,a nova mistura de fitados e cartolados que entra de pasta em punho, bem no alto e grita e salta.
De novo o arco-íris, de novo o colectivo, de novo nós, ali.
E a surpresa do jantar ganho com tanto mérito, a surpresa da espontaniedade, dos brindes, dos abraços, em pares emparelhados, por ironia dos nomes (não do destino), que nos juntou até hoje. Fica na memória, porque foi talvez o nosso mais memorável jantar!
-9-
Quem canta seu mal espanta. Não espanta a fome da espera, nem a sede da digestão. Mas espanta a tristeza. E a noite acaba com a luz do dia, em ambiente 'familiar', com a certeza de que será a última queima, porque aqui se esgota o sentido e se esgota bem.
-10-
Sem angústias, sem lamentações. Dias de liberdade, de cansaço do corpo, mas descanso da alma! Tranquilidade, serenidade, alegria. Fim. E para o ano não há mais :)
De 6 a 12 horas de espera. Algumas dores musculares, algum cansaço, dissipado na vontade de estar ali, não estar só, mas sermos um só, em tons amarelo, a esvoaçar.
Às 12 badalas as lágrimas, não minhas, mas de quem sente de outro modo, a tal hora... a hora DA serenata.
"Gravado levo o fado e a balada
No peito pr'a toda a vida
A negra capa traçada
Chegou a hora da partida".
Para mim, alegria entre a nostalgia, a tal balada do 6º ano Médido, cantada e tocada por amigos, para acrescer ao orgulho de terminar, terminar bem.
-2-
Quem vem por bem bem-vindo é! Presença assídua, em 7 anos de Coimbra, em mais anos de vida. Desta, vieram também amigos de outras andanças, das que fazem crescer, e ,tudo junto ,numa amálgama de laços e comemorações. 'Já vim à Queima'. E eu 'vi'-te cá!
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A falta que fazes. Porque desta regresso sem ti a casa. E é inédito em tantos anos de Universidade. Mas ainda assim marcas presença e fazes-me rir e fazes-me bem. É o último, estou feliz e sei que partilhas da sensação!
-4-
Cartolas e bengalas. O cortejo. As cores. Os banhos. A multidão, quem nos é querido, que nos quer bem, a quem devemos o estar aqui e o ser também. A "evolução", a (des)inibição, os rostos que passam, que sorriem. Chegar e não chegar, gargalhadas muitas. Bengaldas e presenças que são essenciais.
À noite o último "Quim", que ficará sempre em noites de Queima e nada mais que isso. Onde os corpos mexem, porque estão programados ao som habitual... e se dança e se canta, como se o amanhã tardasse e tarda mesmo..
-5-
O último (palavra omnipresente) jantar de curso. Atípico, pela tranquilidade e pelas ausências. Ainda assim o nosso jantar, o nosso ano, 2003/2009, que alguém gravará um dia no Penedo (tu?)
-6-
Alusão à portagem, porque é de todas as noite, é o princípio e o 'fim'. O Guitarras, Aeminium, Toledo, Montanha, Briosa... quem não regista? Os finos que passam a metade do preço a meio da noite? Os transeuntes alcoolizados, outros menos, O ponto de encontro.
-7-
Grande noite, grande noite, hoje vai ser a grande noite... O regresso do (último) jantar cá em casa, onde cabem 2 ou 3, cabem 33... Esse chá, que não é das 5, mas é tão divertido que só o pensar ir diverte. Mais uma vez não desapontou. E foi também a confirmação dos reencontros desta Queima. Que bem que sabem. O esferovite, aquela "piscina", a euforia, os olhos brilhantes...
-8-
A praça de touros e os corajosos (ou aparentemente) que enfrentam os cornos afiados. Antes ,a nova mistura de fitados e cartolados que entra de pasta em punho, bem no alto e grita e salta.
De novo o arco-íris, de novo o colectivo, de novo nós, ali.
E a surpresa do jantar ganho com tanto mérito, a surpresa da espontaniedade, dos brindes, dos abraços, em pares emparelhados, por ironia dos nomes (não do destino), que nos juntou até hoje. Fica na memória, porque foi talvez o nosso mais memorável jantar!
-9-
Quem canta seu mal espanta. Não espanta a fome da espera, nem a sede da digestão. Mas espanta a tristeza. E a noite acaba com a luz do dia, em ambiente 'familiar', com a certeza de que será a última queima, porque aqui se esgota o sentido e se esgota bem.
-10-
Sem angústias, sem lamentações. Dias de liberdade, de cansaço do corpo, mas descanso da alma! Tranquilidade, serenidade, alegria. Fim. E para o ano não há mais :)
2 comentários:
Parabéns e muitas felicidades! São dias mesmo especiais! ;)
Quantas (boas.. optimas....) recordações este post me fez desfilar pela mente.
Obrigado*
(e não será a última. Será a ultima nestas condições...)
Mas há vida para lá das queimas (e ainda há vida para vir à queima)
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