segunda-feira, janeiro 28, 2008

curtas...

"Olha para o que eu te digo, não olhes para o que eu faço..."








Não faço nada do que escrevo...

sábado, janeiro 26, 2008

Literatura...

Dos tempos em que devorava livros como agora devoro chocolates...






“Quando te sentires perdida, confusa, pensa nas árvores, lembra-te da forma como crescem. Lembra-te de que uma árvore com muita ramagem e poucas raízes é derrubada à primeira rajada de vento, e de que a linfa custa a correr numa árvore com muitas raizes e pouca ramagem. As raizes e os ramos devem crescer de igual modo, deves estar nas coisas e sobre as coisas, só assim poderás dar sombra e abrigo, só assim, na estação apropriada, poderás cobrir-te de flores e de frutos. E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera a volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai para onde ele te levar”


Susanna Tamaro - “Vai aonde te leva o coração”

Liberdade...

Porque foi, é e será sempre um tema muito presente...





“Cada um de nós é, no fundo, um ideia ilimitada da liberdade. Devemos rejeitar tudo aquilo que nos imponha limites. Aliás… dispomos de todas as possibilidades, da mais absoluta liberdade de escolha. Como num livro, onde cada letra permanece para sempre na página, a nossa consciência tem o direito de decidir o que quer ler e o que prefere deixar de parte…”



Richard Bach

Silêncio...

A ambiguidade do silêncio em mim e nos outros.
A ambiguidade do silêncio que apazigua e que desconcerta...





“Um homem dirigiu-se a um convento de clausura, isto é, um convento onde se vive longe do ruído da cidade e num silêncio desejado. Perguntou a um desses monges:
- Que aprendeis vós com a vossa vida de silêncio?

O monge estava a tirar água de um poço. Disse ao seu visitante:
- Olha para o fundo do poço. Que vês lá dentro?

O homem olhou para dentro e disse:
- Não vejo nada.

O monge ficou algum tempo sem se mover e no final disse ao visitante:
- Contempla agora. Que vês no fundo do poço?

O homem obedeceu e respondeu:
- Agora vejo-me a mim próprio: espelho-me na água.

O monge concluiu:
- Vês? Quando eu mergulho o balde, a água fica agitada. Agora, pelo contrário, está tranquila. É esta a experiência do silêncio: o homem vê-se a si próprio.”

E porque não?...

Last but not the least...



"O que o eu tem de único encontra-se precisamente naquilo que o ser humano tem de inimaginável. Só consegue imaginar-se o que é idêntico a todos, o que é comum a todos. O "eu" individual é aquilo que se distingue do geral, e é, portanto, aquilo que primeiro é preciso desvendar, descobrir, conquistar no outro."



"Eu não sei como o compendio suave de nossa existência pode estar atrelado a grosseira condição de nosso corpo. Nós, que nos pensamos seres feitos de idéias somos, na verdade, um fato incontestável e frágil como um galho. Talvez seja também fato as idéias das quais pensamos ser feitos, ou ainda o galho também seja uma idéia. Pouco importa. O que importa é a leveza dos movimentos não se curvarem ao vento, mas aos músculos. As concepções políticas estarem em células, e nossos sentimentos condicionados ao tempo que durar nosso sanguíneo fluxo ."



“Todos nós temos necessidade de ser olhados. Podíamos ser divididos em quatro categorias consoante o tipo de olhar sob o qual desejamos viver: A primeira procura o olhar de um número infinito de olhos anónimos ou, o olhar do público(…) Na segunda categoria, incluem-se aqueles que não podem viver sem o olhar de uma multidão de olhos familiares. São os incansáveis organizadores de jantares e de coktails. São mais felizes que os da primeira categoria porque, quando estes perdem o público, imaginam que as luzes se apagaram para sempre na sala da sua vida. É o que, mais dia menos dia, lhes acontece a todos. Os desta segunda categoria, estes sim, acabam sempre por conseguir arranjar os olhares que precisam. Vem em seguida e terceira categoria, a categoria daqueles que precisam de estar sempre sob o olhar do ser amado. A sua condição é tão perigosa como a das pessoas do primeiro grupo. Se os olhos do ser amado se fecham, a sala fica mergulhada na escuridão. Finalmente, há uma quarta categoria, bem mais rara, que são aqueles que vivem sob os olhares imaginários de seres ausentes. São os sonhadores.”