quinta-feira, dezembro 20, 2012

inquietação...

quarta-feira, novembro 14, 2012

caixinha de memórias...




Sono e uma apresentação para fazer...
Não são saudades, é nostalgia!

sexta-feira, novembro 09, 2012

cada frase dava um post...





Tenho saudades de cantar. Gosto muito de estar no bloco. Sou muito grata aos meus pais.  A minha avó é um exemplo. Tenho uma sensação estranha relativamente à incerteza do futuro. Gosto de ser optimista. Tenho esperança. Acredito no ser humano. Gostava de andar de veleiro. E de começar a trabalhar às 10h. A miséria humana assusta-me. Não consigo compreender o mundo. Continuo a achar que vivemos em ciclos. Acredito no meu 6º sentido. Mais com os outros. Tenho medo de algumas coisas. Mais de perder o bom senso. Envelhecer não me assusta. Ganhar maus vícios é que sim. Irritam-me as pessoas que não sabem o seu lugar. Irrita-me a inércia. Não sei se quererei emigrar. Continuo apaixonada por Lisboa. Mas não tenho tempo para ela. Concertos e bailados. Teatros e soirées... Fervilho. Gosto de jantares. Tenho muitos amigos e gosto de todos. A família sempre. Cometo muitas falhas no trabalho. Canso-me. Às vezes não falo. Muitas vezes. Já não me lembro de rezar. Podia fazer uma outra coisa além da cirurgia. Mas não era a mesma coisa. Assusta-me o sofrimento dos próximos, a morte que ainda não vivi. Não sou um polvo, lamentavelmente. Leio muito pouco. Devia fazer desporto. E estudar línguas.  Não fomento a minha 'pseudo-cultura'. Gosto de surpreender. Sou preguiçosa para algumas coisas. Perco a paciência mais vezes do que gostaria. Ando 'egocêntricamente' perdida num novelo de sensações. Again.

sometimes...



just feel like this...

quarta-feira, novembro 07, 2012

brainstorming na...



A memória não regista a verborreia mental nas descidas acidentadas.
Tropeço na calçada.
Tropeço na ânsia de aqui vir.
Preciso de um leitor de mente a alta velocidade. 

quinta-feira, novembro 01, 2012

quero...




a minha bolha...
(de volta!)

human invisible project...


A vulnerabilidade do ser humano consegue estar ao nível da sua capacidade de resistência (psíquica e física) e resiliência.

O corpo humano, numa situação de degradação crónica, vai até ao limite. Como médica vejo os doentes a aguentar.. aguentar.. resistem.. reesitem e, alguns, ficam.
O mandamento de Darwin prevalece no tempo. Os mais fortes vingam.

Mas a fraqueza humana, traduzida numa fragibilidade particular no reino animal (inerente ao que eu gosto de chamar de alma - só nossa) vai sempre abalar a natureza da humanidade.
O homem é um ser extraordinário. Só pode ter sido feito à imagem e semelhança de Deus!

Porque por mais que estudemos, que investiguemos, e façamos grandes descobertas... não alcançamos o mistério da vida e da morte nem a percepção da mente e do corpo no seu limite.
O homem é um ser maravilhoso, de facto.

quinta-feira, julho 26, 2012

drafts...




Cansados vão os corpos para casa
dos ritmos imitados de outra dança
a noite finge ser
ainda uma criança
de olhos na lua
com a sua
cegueira da razão e do desejo

A noite é cega e as sombras de Lisboa
são da cidade branca a escura face
Lisboa é mãe solteira
amou como se fosse
a mais indefesa
princesa
que as trevas algum dia coroaram

Não sei se dura sempre esse teu beijo
ou apenas o que resta desta noite
o vento enfim parou
já mal o vejo
por sobre o Tejo
e já tudo pode ser tudo aquilo que parece
na Lisboa que amanhece

O Tejo que reflecte o dia à solta
à noite é prisioneiro dos olhares
ao cais dos miradouros
vão chegando dos bares
os navegantes
amantes
das teias que o amor e o fumo tecem

E o Necas que julgou que era cantora
que as dádivas da noite são eternas
mal chega a madrugada
tem que rapar as pernas
para que o dia não traia
Dietrichs que não foram nem Marlenes

Não sei se dura sempre esse teu beijo
ou apenas o que resta desta noite
o vento enfim parou
já mal o vejo
por sobre o Tejo
e já tudo pode ser tudo aquilo que parece
na Lisboa que amanhece

Em sonhos, é sabido, não se morre
aliás essa é a única vantagem
de, após o vão trabalho
o povo ir de viagem
ao sono fundo
fecundo
em glórias e terrores e venturas

E ai de quem acorda estremunhado
espreitando pela fresta a ver se é dia
a esse as ansiedades
ditam sentenças friamente ao ouvido
ruído que a noite, a seu costume, transfigura

Não sei se dura sempre esse teu beijo
ou apenas o que resta desta noite
o vento enfim parou
já mal o vejo
por sobre o Tejo
e já tudo pode ser tudo aquilo que parece
na Lisboa que amanhece

sábado, março 10, 2012

addicted...

se por acaso (me vires por aí) by JP Simões on Grooveshark



Se por acaso me vires por aí
Disfarça, finge não ver
Diz que não pode ser, diz que morri
Num acidente qualquer
Conta o quanto quiseste fazer
Exalta a tua versão
Depois suspira e diz que esquecer
É a tua profissão
E ouve-se ao fundo uma linda canção
De paz e amor

Se por acaso me vires por aí
Vamos tomar um café
Diz qualquer coisa, telefona, enfim
Eu ainda moro na Sé
Encaixotei uns papeis e não sei
Se hei-de deitar tudo fora
Tenho uma série de cartas para ti
Todas de uma tal de Dora
E ouvem-se ao fundo canções tão banais
De paz e amor

Se eu por acaso te vir por aí
Passo sem sequer te ver
Naturalmente que já te esqueci
E tenho mais que fazer
Quero que saibas que cago no amor
Acho que fui sempre assim
Espero que encontres tudo o que quiseres
E vás para longe de mim
E ouve-se ao fundo uma velha canção
De paz e amor

Na sexta-feira acho que te vi
À frente da Brasileira
Era na certa o teu terno azul
E a pasta em tons de madeira
O Tó talvez queira te conhecer
Nunca falei mal de ti
A vida passa e era bom saber
Que estás em forma e feliz
E ouve-se ao fundo uma triste canção
De paz e amor

quarta-feira, fevereiro 29, 2012

gosto de filmes(.) ponto II


De uma realidade que desconhecia (bem "recente") dos EUA...


terça-feira, fevereiro 28, 2012

gosto de filmes(.) ponto

Midnight in Paris..


Quero voltar a Paris. O tempo amadurece as sensações. O que é bonito fica mais bonito.
O passado enriquece o presente. Desejar viver no passado deixa o futuro de fora. E os sorrisos estão no aqui e no agora.
Há tanto para ler, saber, aprender, observar. E a história, a cultura, a arte.. são universos deliciosos.








Woody Allen ...

terça-feira, fevereiro 14, 2012

gosto...


"As canções e os poemas ignoram tanto acerca do amor. Como se explica, por exemplo, que não falem dos serões a ver televisão no sofá? Não há explicação. O amor também é estar no sofá, tapados pela mesma manta, a ver séries más ou filmes maus. Talvez chova lá fora, talvez faça frio, não importa. O sofá é quentinho e fica mesmo à frente de um aparelho onde passam as séries e os filmes mais parvos que já se fizeram. Daqui a pouco começam as televendas, também servem.

Havemos de engordar juntos."


José Luís Peixoto

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

dicas...



"Apesar de tudo, em medicina, as possibilidades e probabilidades são tudo o que temos para trabalhar. Aquilo que nos atrai nesta ciência imperfeita, aquilo que de facto desejamos no nosso caminho é o momento da mudança - a oportunidade, frágil mas clara, que permite que o nosso conhecimento técnico, as nossas capacidades ou pura e simplesmente o nosso instinto mude o curso da vida de outra pessoa para melhor"


Em 'a MÃO que nos OPERA', Atul Gawande

domingo, janeiro 08, 2012

nunca digas nunca...

Se apetece emigrar (por uma temporada)? Apetece. Vai ser cada vez mais difícil manter o estilo de vida a que me fui habituando (porque, de todo, não foi sempre assim). Mas com todos os cortes monetários e aumento do custo de vida (porque para mim é só mesmo disso que se trata) eu mantenho a capacidade de viver aqui sem dificuldades, apenas com restrições. (Sei que há muitas pessoas/famílias para quem a situação atual é uma questão de sobrevivência e procuro manter a consciência do outro!)

O "bichinho" de arriscar lá fora vem ao de cima com a situação menos folgada em que vivo (repito, eu!). Mas lá fora as coisas não são mais o "sonho americano". Emigrar nunca foi e não são 'favas contadas'. Os laços estão cá. E sei que aqui posso crescer como pessoa e cirurgiã.

E depois é isto... o provar a nós mesmo que não somos lixo. Nem pensar. Somos exatamente isto...





yes, WE can!

dicas...



sexta-feira, janeiro 06, 2012

artes...


Saudades minhas, tuas e nossas.

quero perder-me no livro do desassossego...





Hoje foi a última reunião do meu (ex)diretor de serviço. 43 anos naquele hospital. Eu nunca vou estar 40 anos num hospital, provavelmente nem 20... As circunstâncias da vida mudaram. As histórias que ouvimos no nosso passado recente não serão mais as nossas. A sociedade optou pela globalização. Com tudo o que isso traz de bom e de mau. As pessoas adaptam-se. O ser humano é um ser (fantástico) de hábitos. O meu (ex)diretor dizia: " Se eu não acreditar nos homens vou acreditar em quê, em quem...?". Eu também acredito na humanidade e nas leis de Darwin que sempre souberam optar pelo melhor, mesmo não sendo essa a perceção geral...


Crescer não é deixar de ter tempo, é definir prioridades para o tempo que se tem. Na reunião de despedida estavam alunos do 1º ano, uma década mais novos. Partilhei: "Não queria nada ser outra vez aluna do 1º ano". Não tenho saudades do que vivi. Recordo com alegria e tenho, por vezes, uma certa vontade de voltar a sentir o que já senti... mas noutras circunstâncias, as do agora, de quem gere o tempo do não hospital em tempo de relações, de lazer, de cirurgia em casa...


Suspiro na ânsia do ser, querer e poder. Inquieto-me com o Homem, sonho em partir, desejo ser parte de coisas boas, lamento o não chegar a tudo e reajo.

Gosto da insustentável leveza do ser...

lyrics...


"São dias que passam
São horas que vão
São lábios que cantam
São mãos que se dão
E deixam saudades
De não ser assim
Toda a vida de agora

É tempo é tempo
De aprender a ser
Subindo por dentro
E sempre a crescer
Pisando caminhos
Esquecendo talvez
O deserto de ontem sozinho

Tudo quanto penso
Tudo quanto sou
É grande é imenso
É tudo o que dou
E ao dá-lo recebo
E fico maior
Do que sou quando me nego

Criança era outro
Cresci e esqueci
A aposta da vida
Ganhei e perdi
O risco me trouxe
Até ao que sou
Nunca basta a vida que foi"

segunda-feira, janeiro 02, 2012

para 2012...