sexta-feira, outubro 31, 2008

ando numa de...

Não sou muito vaidosa, nem sequer muito preocupada com a minha imagem... (a minha mãe diz que de menos!)

Mas há mudanças exteriores que nos fazem bem! São o primeiro passo para uma mudança interior...





E o espelho também gosta :)


quinta-feira, outubro 30, 2008

há coisas "curiosas"...

Ontem fui ver Rui Veloso. Bom concerto, boa acústica, boas músicas, bom ambiente.
Gostei, gostei mesmo. Uns quilinhos a mais não impediram o "rei do rock" de dar um espectáculo à altura.

Como seria de esperar a maioria das pessoas sabia a maioria das músicas.
Mas destaco as músicas que mais vibração causaram..






e, claramente...




E achei curioso que, quando cantou a "Paixão", os casais presentes agarram-se o mais que puderam, as meninas ligaram de imediato aos namorados e instalou-se subitamente um ambiente romântico característico... o que eu me perguntava era se as pessoas alguma vez tinham parado para pensar na letra da música. O título é 'paixão', pois claro, mas a música é um hino à rotura, à paixão não correspondida, ao fim, etc... então porquê celebrar e partilhar, com tal emoção e sentimento, com o 'mais-que-tudo' esta música? Só se for para: "... e que a nossa história não seja como esta canção, sim querido?"


(...)
"Ai o que eu passei, só por te amar
A saliva que eu gastei para te mudar
Mas esse teu mundo era mais forte do que eu
E nem com a força da música ele se moveu

(...)
Mas tu não ficaste nem meia-hora
Não fizeste um esforço p'ra gostar e foste embora
Contigo aprendi uma grande lição
Não se ama alguém que não ouve a mesma canção

(...)
Foi nesse dia que percebi
Nada mais por nós havia a fazer
A minha paixão por ti era um lume
Que não tinha mais lenha por onde arder


E então? "Não se ama alguém que não houve a mesma canção." Será por isso? Humm.. É muito verdade, mas a malta, definitivamente, não percebe o sentido da coisa...


segunda-feira, outubro 27, 2008

tenho andado a pensar...




Tenho conversado com muita gente sobre muitas coisas. Considero que conversas enriquecedoras, sinceras, "intelectuais" até.
Tenho pensado muito, também sobre muitas coisas. E tenho-me disposto a ouvir, embora sinta que tenho falado mais do que ouvido, no verdadeiro sentido de escutar. E, por fim, tenho estado atenta às pessoas, ao que dizem, ao que fazem, ao que pensam e à forma como se relacionam, ou não.

Posto isto, a consideração mais evidente a que chego é que as pessoas simplesmente não comunicam, falam apenas entre si.

E é incrível o que se perde por esta falta de comunicação. Perdem-se laços, relações, pessoas, oportunidades.


Os climas de suspeição, as suposições, o ficar a pensar e a remoer no que foi dito, no que alguém disse, muitas vezes no "disse que disse", no que se leu, no que se intuiu... deixa sempre uma vazio, um gap de informação. Este gap por sua vez leva a inibições, a interpretações erradas, as falsas impressões. E não acaba por aqui, porque depois disto vêm as omissões, as reacções impulsivas ou dissimuladas, e por aí fora, com efeito "bola de neve".

Percebo que, por vezes, falar custa, especialmente quando nos põe em cheque. É difícil encarar, enfrentar, confrontar. É uma espécie de exposição ao outro, é correr o risco de se tocar em pontos fracos, de se magoar, ou de sair magoado. Implica alguma liberdade interior.
E depois deixam-se arrastar situações, à espera que o outro dê o primeiro passo, que se aproxime, ou mesmo se aperceba, sem que ninguém lhe diga, daquilo que pensamos. É talvez o maior erro. Assumirmos que o outro tem obrigação de perceber exactamente aquilo que só a nossa cabeça é capaz de elaborar, aquilo que queremos que perceba, porque para nós é obvio.

E, às vezes, tudo depende de um pequeno gesto de coragem, de abordar o outro e comunicar, dizer o que me irrita, o que gosto, o que me surpreende, o que me desilude, o que me inquieta, de inquirir, de pôr em causa, de, simplesmente, esclarecer. Parece simples. Sei que não é. Mas pode ser, quando estamos dispostos a arriscar e sabemos que o outro também sabe e pode ouvir e que sabe e pode também ele comunicar. É que
quando deixamos passar muito tempo, pode ser tarde de mais..

Mas, quando finalmente conseguimos chegar à outra pessoa, sabe mesmo bem, porque tudo se torna claro, vão-se os mal-entendidos, sobressai o essencial, o que une, o que aproxima.

E vale mesmo a pena.



sábado, outubro 25, 2008

atitude...

descoberta...

desafio...



sexta-feira, outubro 24, 2008

partilhas...


Era só mais um comentário, na sequência de uma partilha, para quem escreve
aqui, mas talvez seja "de valor" partilhar...


Depois de ter passado algum tempo da minha vida a viver à espera do espontâneo, reafirmei a convicção de que gosto é de estabilidade com momentos de criatividade, mais do que espontaneidade. Porque ser espontâneo é fácil, é como tu dizes, é curto, tem raízes na incerteza. Mas a CRIATIVIDADE, o reinventar no dia-a-dia, isso sim leva ao "prazer de uma originalidade inesgotável"! Mas requer ter vontade de educar em nós os sentidos, a imaginação, a motivação, o sacrifício... é preciso estar disposto a uma espécie de mudança de atitude, à ablação do comodismo.
E afinal de contas, se o prazer da espontaneidade dura só uns instantes, o da criatividade perdura no tempo, como coisa que vem de dentro, do sentido, do querer.
Deixemos a espontaneidade para quem a ela tem direito, as crianças muito pequenas...

quinta-feira, outubro 23, 2008

saborear...

«Manhãs. O cheiro a terra molhada. Cantar no carro. O Outono. Praia, sempre. Ligar o microfone. O gozo de ir. O prazer de estar. Ler e pensar: é isto mesmo. O que não se diz e o que tem de ser dito. O Amor. Verão. Lugares. Amigos, todos. Tinto. A bola. À mesa com quem se gosta. O mar. Chuva na janela. Chocolate. Sexo. Água fresca. Dever cumprido. Olhares que decidem. Todos os dias trazem qualquer coisa…»

Em Dias Úteis




(...) viajar, as loucuras que se cometem, a neve, abraços com sentido, rir com vontade (...)


domingo, outubro 19, 2008

amnésias...


Era uma vez o Cocó, Ranheta e Facada, os três da vigairada.

Uma bela noite foram os três à rua...


















Foram e voltaram, mas por magia!

Tentaram e tentaram mas não conseguiram...






Já ninguém os podia ouvir, a não ser eles mesmos!

Mas o apogeu aconteceu quando...




























Combinaram novo reencontro na Rua Augusta.

Só não sabem ainda quando será...




To be continued...

Ps: Esta história é dedicada ao fiel companheiro...

quinta-feira, outubro 16, 2008

emoções em alta...

Hoje fui instrumentista!!

:) Weee!

quarta-feira, outubro 15, 2008

leituras...




Aqui li: "(...) para quem andar desacreditado de que as pessoas são essencialmente feitas de boa matéria"

Eu ando desacreditada. Tenho-me desiludido com as pessoas, com o que vejo, o que me apercebo.
Entristece-me a instalação, a falta de coragem das pessoas, para arriscar, ir mais longe, enfrentar os outros e a si mesmos, para lutarem pelo que querem.
A falta de abertura, de honestidade, o optar pelo mais fácil e mais cómodo. A carência, aliada à covardia, perante os mais próximos, que fere mais do que a sinceridade, e destrói, em vez de fazer bem.
Impressiona-me o egoísmo e/ou egocentrismo, a incapacidade de não pensar nas consequências dos actos em terceiros; a arrogância e prepotência, a falta de humildade e compreensão.
Incomodam-me os abusos de poder, a necessidade de auto-promoção, a sede de protagonismo, de reconhecimento constante.

Acredito que somos maioritariamente seres equilibrados, com tendência a ter lados que compensam outros e que parte também de mim chegar perto, tentar compreender, ver "o outro lado", e perceber que também eu sou assim... Lembrei-me dos meus tempos de Erasmus, ter ter aprendido a ver esse lado, ter ter percebido que estamos todos sujeitos a errar e mais sujeitos ainda a atirar pedras sem razão.




sexta-feira, outubro 10, 2008

achados...




Recortei a luz da lua
e colei num papelão
escrevi teu nome na rua
e fiz-te um coração

encontrei-te na rua
nem me deste atenção
eu não sei qual é a tua
coração de papelão

então chorei, chorei
e até pensei, pensei
amor assim para querer
meu bem não sei, não sei
fingir que nem chorei

sempre quis, sempre quis
namorar, namorar
com você, meu amor sempre quis namorar com você

se essa rua fosse minha
eu mandava-a ladrilhar
com o brilho dos teus olhos
só p'ra o meu amor passar...



Lembram-se de não sabermos o resto da música ?
Aqui têm :)


terça-feira, outubro 07, 2008

encantada...






segunda-feira, outubro 06, 2008

be continuing...


E por falar em coisas que acontecem...














Hoje levantei-me já com 10 minutos de atraso porque adormeci. O dia corria bem porque rapidamente recuperei o tempo perdido. Cereais e café antecedem a saída de casa.... mas... falta a chave, a minha 'rena'!! E onde estás tu? Em cima e baixo, nada de nada... maluqueira a minha, do lado de fora da porta... toda a noite as donzelas sujeitas a um ataque... (Nada de tentar a sorte, que agora estarei atenta).

Mas o sono não era tudo, a manhã mal começava... Arranco em primeira, meto a segunda, terceira, mas não há espaço para a quarta! E o porquê? Prioridade dos carros que vêm da rua que intercepta a minha, claro está. Olho para a minha esquerda, qual olho preguiçoso, e vejo um carro de tonalidade cinzenta, com algum peso dos anos em cima, a descer, muuuuito lentamente rua abaixo. Tudo seria normal, um dia como outro qualquer, se o carro... ... ... não estivesse vazio! Pois é... alguém teve um dia infeliz hoje e eu ri-me perdidamente logo pela manhã!


São coisas que acontecem, oh Markl!


dicas...




São coisas que acontecem...




Os 'Deolinda' aconteceram e ainda bem!

sábado, outubro 04, 2008

simplicidades...




Desde pequena que me lembro de ir à feira de S.Francisco.
Quando era pequena, "era uma seca" a noite de de 3 para 4 de Outubro, véspera de S. Francisco. Só havia tractores e burros para troca. Muitas pessoas e copos de vinho nas mãos de muitos homens, que vinham de um dia de trabalho nas vindimas ou na apanha da maçã.
Já há alguns anos que lá não ia. Cresci. Ontem, mal cheguei, fui com a família ao São Francisco. Já está frio por estas bandas. Tivemos que esperar um pouco, até que algumas pessoas libertassem uma mesa, mas como sempre em meios pequenos, havia vários amigos dos pais com mesa para partilhar.
Carne à venda em talhos ambulantes. Tendas cheias de fumo, dos grelhadores a carvão, onde, à vez, cada conjunto de pessoas põe as suas febras, tiras, entrecosto e costoletas... A senhora que traz o trigo. O jarro de vinho cheio. O caldo verde para terminar. Conversa entre os dentes a tilintar.


Sábado cedo. Visto mais uma camisola, porque continua fresco. O sol bate na vinha, aquela onde vou desde que nasci. Da avó ao neto mais novo, valada a valada, a pares, cortamos só o branco, deixamos o podre, a ramada, as folhas. Primeiro 19 baldes (dos grandes), depois, já na outra vinha, mais uns quantos.
Da vinha para o tractor, e daí para o lagar. Agora já não são 15 homens que durante a noite pisam as uvas; há uma máquina que em pouco tempo as tritura. Depois há que prensá-las, com a força de 4 braços, e recolher o futuro "vinho de bica aberta", com bombas modernas, para ser transfrido para as cubas, que substituiram as velhas pipas de madeira...


E tudo o tempo ainda não levou...