quarta-feira, setembro 23, 2009

fases...

estou e estarei em...

por aqui!
mas volto em "breve"...

terça-feira, setembro 15, 2009

sociedade...






Partido da Terra? Hummm... nem sei bem quem são! Upss..


sábado, setembro 05, 2009

pérolas...



magnifique!!!
(ler com sotaque francês, cést trés chique)

sublime...




Em 2009, Rodrigo Leão: "A mãe"


quarta-feira, setembro 02, 2009

exchange...







"A título pessoal, não acho que o barómetro da felicidade passe obrigatoriamente por ter uma relação com alguém. Pelo contrário. A felicidade tem que ir para além disso. Prezo muito o saber estar sozinha e ser feliz com ou sem "um outro". Foi uma coisa para que me eduquei, algo que rezei e pensei muito e as relações que tive vieram ajudar a construir esta perspectiva.

Acho sim que pode ser mais fácil ter mais momentos de felicidade numa vida a dois, porque proporciona mais momentos de partilha a vários níveis. E uma relação traz coisas que uma “não-relação” não traz, é certo. Contudo, tendo como exemplo pessoas próximas casadas e solteiras de quem acompanho as relações, alegrias, tristezas, felicidades, frustrações de cada uma, tenho para mim (e repito) que o barómetro da felicidade não tem que passar mesmo por uma relação. De certo modo perturba-me (ou incomoda-me) esta cultura ocidental(?) do "casar e ter filhos é que é", "de outro modo vou ser frustrado e infeliz para todo o sempre", “não imagino a minha vida sem constituir família”.

Nesta perspectiva do “pavor da solidão” apercebo-me de relações “forçadas” na tentativa do "esta é que é", "é com esta pessoa que faz mesmo sentido" e depois não faz... e é um rol de relações umas a seguir às outras cada vez mais "sentidas" e cada vez mais desesperantes.

As pessoas não sabem estar sozinhas, de todo, quer fisicamente, mas principalmente emocionalmente. (Cultura ocidental outra vez?) Há um “pânico” da solidão tremendo, como se a essência e o absoluto de uma vida fosse uma outra. Acho que consigo perceber isto numa relação de 50 anos a quem tiram “tudo” quando se perde a companhia de uma vida.

E isto incomoda-me... e há dias em que não sei se é “é de mim” ou se simplesmente quero “ser diferente” e viver na ilusão de ser capaz de viver uma vida inteira sozinha e, afinal, vir a dar-me conta que não.

Mas como é que uma pessoa com bons amigos, bons laços familiares, um trabalho, uma participação activa na sociedade e uma vida de oportunidades de interagir, de se dar e receber, não consegue, por si só ser feliz ou ir sendo feliz? Ou, pelo menos, viver numa atitude de felicidade?"




"A capacidade de sobrevivência do ser humano impressiona-me! É ao mesmo tempo uma enorme força e uma enorme fraqueza. Estiveste em África, eu na minha vida já me deparei com situações extremas, há uma série de gente que escreveu sobre momentos de sofrimento absoluto. E nestas situações pessoas que vivem sem nada, pobres, sujas, doentes pestilentas, com a morte e por vezes a maldade a pairar no ar que respiram conseguem ser fortes, altruístas e gente feliz. O ser humano pode passar por todo o tipo de sofrimento, aceitá-lo e ser feliz. É uma força enorme; santos nascem da vitória sobre o sofrimento humano.
Mas esta mesma capacidade de sobrevivência pode facilmente transformar-se em resignação. Passamos por uma situação de sofrimento, que pode ser pontual ou durar um tempo indeterminado. E sofremos, ficamos deprimidos, magoados e tristes. Por vezes chegamos ao ponto de nos auto-infligirmos numa atitude masoquista de auto comiseração. Mas não morremos, acordamos um dia e já não dói tanto, noutros dias mais, mas sobrevivemos. Pior é que quando nos deparamos com nova situação semelhante à anterior, saltamos a pés juntos confundidos com os poucos momentos de felicidade extrema num mar de sofrimento inútil. Resignamo-nos ao sofrimento e alimentamo-nos dele. Pessoalmente acho que repetir erros é preguiça, é preferir viver absortos na dor ao invés de enfrentar o desafio de nos conhecermos a nos próprios e descobrir o que realmente queremos da vida.
Pequena ilação a tirar. Sofrimento é necessário ao crescimento de uma pessoa, mas completamente inútil se representar o todo dessa pessoa.

Mas não é menos verdade que só se existe no Outro. Aquele conceito abstracto que aprendemos nas aulas de filosofia e na nossa educação católica é real e verdadeiro. Precisamos do outro para nos conhecermos e uma vida isolada não é vida de todo. Portanto temos de nos dar a conhecer para nos descobrirmos e temos de arriscar a possibilidade de virmos a sofrer com este passo.
Não se cresce por sofrer mas temos de arriscar sofrimento para poder crescer.

De resto, a felicidade não passa por estar junto com alguém. Muita gente vive sozinha e feliz sem que isso seja resignação. E muita gente vive junta e infeliz e isso sim é resignação. É o velho ditado do povo, "mais vale só que mal acompanhado".

Inclusive penso que não sabe estar sozinho, não consegue viver junto.

Jesus passou quarenta dias no deserto, adolescentes indígenas são postos à prova pela tribo passando tribulações sozinhos para aprender o valor de comunidade, temos contos de crianças como Hansen e Gretel onde miúdos abandonados têm de sobreviver sem ajuda de terceiros para poder voltar a casa.

São tudo exemplos de como é necessário aprender a estar sozinho, erguermo-nos sem muletas, para depois conseguirmos viver junto ou em comunidade. É um processo de crescimento de vida. E acho que uma das coisas que se perdeu na nossa cultura ocidental tão obcecada com resultados rápidos e visíveis.

Como ocidental que sou, acho que teríamos muito a ganhar se conseguíssemos capitalizar tudo o que já alcançámos e investi-lo no futuro da sociedade a longo prazo ao invés de nos concentrarmos no imediato."


terça-feira, setembro 01, 2009

ouvi por aí...


Já não sei onde, nem de quem, sei só que foi há dias que ouvi:
"Todos temos pequenos SOS's"

Fiquei a pensar nisso. E escrevi num papel.

Hoje encontrei o papel.


Ocorre-me que uma das coisas bonitas da vida é a capacidade de reinventar SOS's, sejam pessoas, coisas, desafios, apostas, atitudes.
É claro que em 30 segundos ocorrem-me vários SOS's e o giro é que tenho SOS's para situações diferentes.

Há, de facto, SOS's para todos os gostos e para todas as pessoas.
Conversar é um SOS.

Dançar é um SOS.
Cantar também.

Correr é um SOS.
Dormir é um SOS.

Escrever é um SOS.
Ir ao cinema é um SOS.

Aquele amigo é um SOS.
Aquela amiga também.

A casa é um SOS. O quarto tem dias de SOS.

Fumar é um SOS.

Aparvalhar é um SOS.

Chorar é SOS.

Passear o cão é SOS.
Mentir é um SOS. Gritar é mais.

Ir às compras...SOS.

Estudar pode ser SOS.

...
...
Os SOS são, por norma e com as devidas excepções, coisas que se gostam de fazer, coisas que dão prazer.


Graças a Deus tanto SOS. (Ah.. Deus também é SOS, mais tipo "bombeiro" para alguns..)