quinta-feira, novembro 13, 2008

mimos...



















Abraços.
Cumprimentar com um beijo ou um aperto de mão é frequente. Dar um abraço não.


Pondo de parte os abraços maldosos, e as pessoas que abraçam indiscriminadamente outras pessoas (abraços vãos), o abraço é normalmente um gesto comedido, selectivo.
Não damos abraços a todos os amigos, a todos os familiares. Não damos sequer abraços a todas as pessoas próximas. Às vezes até parece que há uma qualquer barreira físico-psicológica que impede o simples abraçar.


O abraço carrega carinho, atenção,
amor, compromisso, olhares, paixão, solidariedade, amizade... O abraço, por si só, às vezes diz tudo o que não pode ou não deve ser dito oralmente.
Um só abraço pode ser suficiente...


E nós temos medo, vergonha, timidez, relutância em abraçar, em sair do nosso espaço, saltar da frieza para o quente.


Gosto de abraços verdadeiros, sentidos, inesperados e esperados também.
Abraços de alegria, de cumplicidade, de felicitação, de saudade, de (re)encontro. Gosto que me abracem quando estou triste, quando não tenho coragem de pedir. Gosto de abraçar sorrateiramente... gosto de abraços com gargalhadas e sorrisos...

Sou da ala "abraços reservados para pessoas e dias especiais". E não sei, nem consigo explicar, porque é que, por vezes, o corpo não reage quando a mente ou o coração nos impelem a abraçar, e nós ficamos calados, impávidos, inertes...


1 comentário:

Inês disse...

Mais uma vez o fosso de culturas... Os alemães, esterótipo de gente fria, cumprimentam corriqueiramente com abraços todos aqueles que passam o limite do aperto de mão...