terça-feira, abril 07, 2009

recomendo...

Persepolis

Do filme:

1 -
O direito à i
gualdade. A igualdade no que refere ao ser humano, que nasce desigual e vive desigual, consoante a parte do mundo em que está inserido.
Fui ver o filme com a expectativa do mesmo retratar o papel da mulher num contexto islâmico, num contexto de guerra. E por, isso, antes de ir para lá, permiti-me pensar que não consigo, de todo, compreender esta "eterna guerra de sexos" e muito menos a sua origem. O que devia ser complementaridade, crescimento, aprendizagem, é, (arrisco-me a dizer) na maior parte do mundo, desigualdade e injustiça. E não consigo compreender de onde vem, o que motivou a "supremacia" do masculino e a "minimização" do feminino. O direito à igualdade incorpora o direito à diferença, à heterogeneidade, à cumplicidade. Pelo menos assim deveria ser.

Paralelamente a isto está a eterna questão das diferenças culturais (serão?), civilizações, fundamentalismos, união, liberdade (ou falta dela), medo, repressão, emigração, sobrevivência, e o factor 'acaso', que define os direitos e os não direitos com que nasce uma pessoa, e todas as consequências inerentes ao mesmo
(que, quanto a mim, foi o ponto central do filme).

2 -
Somos pequenos e limitados. Eu sou. Descobri ontem que data de 1978 (só e somente 31 anos) a dita "revolução" iraniana que traduz lindamente a expressão: "andar de cavalo para burro". E senti-me miserável porque não posso dizer que "sei tão pouco", quando não sei nada! História, culturas, política, guerras, estados sociais... o mundo, o nosso mundo, este em que eu vivo, e nós vivemos, e em que fui abençoada ao ter nascido em terras lusas, e isso me deveria dar mais deveres que direitos (como ouvi uma vez do Dr. Fernando Nobre)... E o meu (nosso) papel de cidadã(os) começa na informação e actualização. A tomada de consciência e o conhecimento são o primeiro passo.



1 comentário:

António Valério,sj disse...

Gostei muito desta reflexão... há realidades culturais e históricas que estão muito longe de nós, mas que não nos podem deixar indiferentes e de podermos fazer algo, mesmo pequeno, que ajude a uma maior justiça e igualdade. A informação é um primeiro passo importante. Depois as nossas atitudes. tem um bom dia!