quinta-feira, outubro 30, 2008

há coisas "curiosas"...

Ontem fui ver Rui Veloso. Bom concerto, boa acústica, boas músicas, bom ambiente.
Gostei, gostei mesmo. Uns quilinhos a mais não impediram o "rei do rock" de dar um espectáculo à altura.

Como seria de esperar a maioria das pessoas sabia a maioria das músicas.
Mas destaco as músicas que mais vibração causaram..






e, claramente...




E achei curioso que, quando cantou a "Paixão", os casais presentes agarram-se o mais que puderam, as meninas ligaram de imediato aos namorados e instalou-se subitamente um ambiente romântico característico... o que eu me perguntava era se as pessoas alguma vez tinham parado para pensar na letra da música. O título é 'paixão', pois claro, mas a música é um hino à rotura, à paixão não correspondida, ao fim, etc... então porquê celebrar e partilhar, com tal emoção e sentimento, com o 'mais-que-tudo' esta música? Só se for para: "... e que a nossa história não seja como esta canção, sim querido?"


(...)
"Ai o que eu passei, só por te amar
A saliva que eu gastei para te mudar
Mas esse teu mundo era mais forte do que eu
E nem com a força da música ele se moveu

(...)
Mas tu não ficaste nem meia-hora
Não fizeste um esforço p'ra gostar e foste embora
Contigo aprendi uma grande lição
Não se ama alguém que não ouve a mesma canção

(...)
Foi nesse dia que percebi
Nada mais por nós havia a fazer
A minha paixão por ti era um lume
Que não tinha mais lenha por onde arder


E então? "Não se ama alguém que não houve a mesma canção." Será por isso? Humm.. É muito verdade, mas a malta, definitivamente, não percebe o sentido da coisa...


3 comentários:

Anónimo disse...

Lol...gostei...mas deixa-me que te diga que ao longo dos tempos as histórias de amor que ecoam são aquelas que não tiveram um final feliz. Por outro lado, sabemos o quão importante é, para as pessoas em geral, a nostalgia, alguma tristeza até, sobretudo se deriva de um certo "romantismo". Quando se fala de amor, fala-se de amor (não importa se teve ou não o seu happy ending). T

palmo_e_meio disse...

T, eu não sou uma pessoa como as do "em geral"! lol
Não quero ecoar ao longo dos tempos nem viver com nostalgia e tristeza. Gosto da alegria, do amor no presente, o romantismo cómico e feliz :)
Não há finais felizes, mas há histórias que podemos recordar com felicidade.

Inês disse...

Ao ler veio a recordação de uma aula de Moral, talvez no 11º, em que esta letra serviu de mote ao tema da mesma: o amor egoísta ("Tu eras aquela que eu mais queria, pra me dar algum conforto e conpanhia")...