- "Mas tu és céptica!"
(... silêncio)
- "Pois sou! E isso é bom ou mau?"
(... silêncio)
- "Pois sou! E isso é bom ou mau?"
cepticismo (derivado do verbo grego σκέπτομαι, transl. sképtomai, "olhar à distância", "examinar", "observar") é a doutrina que afirma que não se pode obter nenhuma certeza a respeito da verdade, o que implica numa condição intelectual de dúvida permanente e na admissão da incapacidade de compreensão de fenômenos metafísicos, religiosos ou mesmo da realidade.
Sou céptica sim. Acho que "faz parte da minha natureza", ser atenta, meio "desconfiada", ser observadora, cautelosa... Característica minha esta que choca constantemente com uma outra, a impulsividade.
Confio em muito poucas pessoas. E tenho a sensação de que cada vez mais vou confiar menos. Talvez por estar calejada, talvez porque crescer e entrar a fundo no mundo dos adultos, do trabalho, dos conflitos de interesses, de relações, de responsabilidades, implique isso mesmo.
Fico a remoer muitas coisas, a analisar, dou passos em frente, mas também alguns atrás, sempre em busca da tal verdade.
O problema é quando a minha verdade não condiz com a verdade do outro, e não implica isso que haja falta de verdade de uma das partes.
Não compreendo tudo, não compreendo algumas pessoas, algumas atitudes. Porque na minha verdade há coisas tão óbvias, tão evidentes, que me é difícil, em algumas situações, pôr-me na pele de outrem. E tenho ânsia de compreender, de aceitar.
E debato-me constantemente na fronteira do cepticismo, razão, justiça, sinceridade. Porque a tentação inconsciente, por vezes, é meter tudo no mesmo saco.
Sem comentários:
Enviar um comentário