Não costumo encontrar muita gente conhecida no hospital ou faculdade (onde já quase não vou), que não sejam do meu ano. Curisoso, esta semana encontrei duas amigas, alunas de Medicina de anos abaixo do meu. O curioso não é tê-las encontrado, é, no meio da conversa trivial, ambas me dizerem qualquer coisa do género: "Por acaso andava para falar contigo, para te perguntar uma coisa", ou "Hoje de manhã lembrei-me que eras a pessoa certa para eu falar.." ou ainda " A minha irmã disse-me para vir falar contigo"... Tudo porque a mais nova está com os primeiros flashes de desespero do 2º ano de Medicina (que eu já vivi tão bem ou tão mal) e a mais velha enfrenta a crise de "ignorância clínica e diagnóstica" (sensação essa que continuo a viver tão bem ou tão mal).
Vinha então a caminho de casa a pensar que às vezes, mesmo tendo maus exemplos para mostrar e partilhar, podemos ir "ajudando" as pessoas que passam por conflitos interiores semelhantes. Não sei se é a sensação de "alívio" por não nos sentirmos "sozinhos" e "únicos" nesta caminhada, que pessoalmente não tem sido fácil, ou simplemente a procura de respostas e soluções... Mas, por momentos, palavras como "Não te preocupes, o cenário não é assim tão negro", "Tudo se faz", "No final apercebemo-nos que já aprendemos qualquer coisa", "Quando chegarmos ao 6º ano tudo há-de encaixar", etc... dão-nos algum conforto, ânimo e esperança.
É possível... "E como diria o Pe. Vasco, "Não há soluções, há caminhos.."
É possível... "E como diria o Pe. Vasco, "Não há soluções, há caminhos.."
1 comentário:
"Quando chegarmos ao 6º ano tudo há-de encaixar" :)
ou não! ;)
desculpa, não resisti.
mas um dia encaixa!!
ip
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