«"Quem dá prontamente dá duas vezes!" É um provérbio que faz pensar. Se dou, mas demoro e cobro, pode ser quase pior que não dar, porque humilho, obrigo a retribuir e vê-se que não é de bom grado. Se queres dar, dá depressa e dá com alegria: dás a coisa e dás-te a ti. Dás duas vezes!»
Vasco P. Magalhães, s.j.
Será que somos totalmente "gratuitos"? Nos grandes e nos pequenos gestos? Damos boleia porque esperamos uma em troca quando precisamos? Emprestamos apontamentos porque queremos que nos cedam outros? Somos simpáticos porque queremos que sejam simpáticos para nós? Acredito verdadeiramente que não! E quando passamos a outra dimensões? E nas relações de amizade? E nos namoros? Damos com alegria, para bem do outro, porque queremos a sua felicidade, o melhor.. ou porque no fundo não queremos ficar sozinhos, não suportamos essa ideia, e alimentamos uma coisa para o nosso próprio bem? Até que ponto somos amigos de outros e não "nossos amigos"? Parece uma visão cruel, mas se para uns é absurdo, para outros não será assim tanto... Há muita gente com pânico de "acabar sozinho".. e que age em função disso, tem amigos para poder desabafar quando quiser, tem namorado para sentir um apoio.. e vive numa busca incessante de ter alguém por perto. Eu vou fazendo o esforço para aprender a viver sem essa necessidade,a dar sem estar à espera de algo em troca, tendo plena consciência que os amigos são importantes, que não viveria da mesma forma sem eles...
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