quinta-feira, fevereiro 06, 2014

resiliência parte...




Em 2010...
... conversávamos acerca do que queríamos fazer quando fossemos grandes.
Tu dizias que não poderias escolher uma especialidade como cirurgia porque tinhas medo de não ser suficientemente bom e dedicado. Nós tínhamos vidas muito cheias de coisas boas ("distrações") que não médicas. E tu dizias-me que não conseguirias não manter essas coisas boas.
Eu, sempre muito crescida e segura de mim, dizia que não, que era possível ter a dedicação necessária, que era altura de apostar nisto e que, ainda que não fosse uma cirurgiã top poderia ser boa e dedicada o bastante...

Em 2014
... tenho-me lembrado vezes e vezes da nossa conversa. 
Em conversa com o Pe P. dizia-lhe que tinha decido em consciência (e oração) não ter "distrações" durante este período da minha vida. Porque assim poderia dedicar-me apenas e somente à minha formação (e vida pessoal, naturalmente).  Mas na verdade não sei se isso faz grande diferença...


Às vezes temos que dar ouvidos aos filhos.
As distracções não vêm  (só) de fora...
Vem tudo dar aqui...




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