quinta-feira, julho 02, 2009

dualidades II...


Raramente em criança me chateei com "as amiguinhas". Lembro-me, apenas e talvez, de meia dúzia de situações. Não me acontecia, como à maior parte das meninas, embirrar com as outras. Os rapazes nunca foram muito dessas coisas. Mas quando crescem adquirem estas características inatas ao sexo feminino e, às vezes, "interiorizam-nas" ainda mais. Tenho alturas em que gostava de voltar a ser criança. Porque, efectivamente, quando as crianças amuam ou embirram, rapidamente lhes passa. Uns instantes, um ou dois dias no máximo, e os "conflitos" desaparecem e, o mais incrível, sem deixar rasto. Talvez porque a origem dos "conflitos" não seja muito importante, talvez porque a criança ainda preserva a capacidade de perceber que há coisas muito mais importantes, como sendo o relacionar-se com os "amiguinhos".

Tem-me acontecido sentir e pensar que quero parar por aqui, não quero crescer mais.
O mundo dos adultos chega a ser demasiado cruel e duro. Lembro-me de uma frase de uma canção dos 'Silence4' "Our problems start when we don't die young". E lembro-me, porque parece, que com o tempo, as situações indesejadas surgem tantas vezes quase sem darmos por isso. Este mundo de adultos é mundo de intrigas, de mal-entendidos, de rancores. Perde-se o olhar e sorriso de criança, que tudo ultrapassa e supera.

Não guardo rancores, não consigo guardar sentimentos negativos por muito tempo (ainda que já não sejam apenas instantes ou um ou dois dias) e gosto disso em mim. Porque, com todas as tribulações, quero mesmo o bem dos outros.
E entristecem-me os sentimentos e atitudes premeditadas de "maldade". Principalmente quando partem de pessoas que nos são queridas. E principalmente quando não há razões para, mas tenho fé no tempo e no tal de bom que há em nós.


Sem comentários: