domingo, janeiro 14, 2007

lembranças...



É bom (re)ouvirmos coisas que já ouvimos em tempos, porque é fácil esquecermo-nos de pequenas "lições" que vamos aprendendo, pequenas "dicas", que de tão pequenas e simples têm um grande impacto em nós, numa mudança de atitudes discreta mas importante.
Curiosamente, quando há dias pensava nas nossas vulnerabilidades, esqueci-me da que talvez nos deixe mais vulneráveis e que, por isso, fugimos frequentemente a ela.
Dizia alguém mais sábio que eu, não que fosse um discurso inovador, que é mais fácil ao homem amar do que abrir o coração para se deixar amar. Precisamente porque quando nos deixamos amar isso nos torna vulneráveis.
O envolvimento que pomos nas relações varia na medida em que nos damos e nos deixamos descobrir, porque é tão importante o dar como o permitir receber.
É importante conhecer e deixarmo-nos conhecer.
As fraquezas estão sempre dos dois lados, os medos não podem ser barreiras.
O risco que corremos quando nos expomos perante alguém é alto, mas o que ganhamos na entrega pode ser ainda maior.

Dar com gratuidade e receber com humildade.
Em qualquer relação, desde a mais óbvia à menos esperada.

3 comentários:

Anónimo disse...

"subscrevo"
O problema está em contrariar esta resistência intrínseca (talvez congénita?!) desconhecida até há pouco tempo, porque se perde o controle e se fica vulnerável!. Vale mesmo a pena correr o risco?

Sérgio Lopes disse...

yup... para o post e para o comentário!
(pelo menos, acho mesmo que sim)

palmo_e_meio disse...

Vale a pena.
Deixar invadir pela sensação de liberdade, o mais genuíno, mais autêutico.
Sem máscaras, sem defesas.
O controle é ilusão temporária. As resistências desaparecem sem se dar conta, quando menos se espera.
E tudo isto é diferente de um "atirar de cabeça", impensado, imprevisto.
É um somatório, uma construção.
Damo-nos dando... a par e passo.
O risco não é no desconhecido, no encantamento, na utopia, é no caminho que se vai traçando... com os outros.

(Sem pensar demais ou sentir de menos, sem idealizar, sem viajar pelo mundo da fantasia, sem expectativas... sente o vento... de olhos bem abertos.
Não precisas arriscar tudo. Um risco de cada vez e...)