segunda-feira, abril 21, 2025

A Alegria do Aleluia.




Se as coincidências são Deus agir no anonimato não vou poder saber.
Mas que o Espírito Santo 'age através de' é uma convicção de há muito, que mantenho presente mesmo quando os dias não são de sol.

Não sei quem escreveu isto, mas no dia da Alegria cruzei-me com estas palavras:


Na manhã de Páscoa, tudo começa no silêncio.
Não há luzes nem manifestações grandiosas - apenas um túmulo vazio e corações ainda mergulhados na dúvida e no espanto.
Jesus continua a provocar decisões mesmo depois da cruz.

Diante d'Ele, cada coração é chamado a escolher: acreditar ou afastar-se, abrir-se à esperança ou manter-se no medo. Na fragilidade dos discípulos, vemos também as nossas próprias hesitações, mas é nesse lugar de incerteza que o Ressuscitado se faz presente.

 

Ficou a ressoar e fez-se Páscoa em mim entre o ontem e o hoje. O Papa Francisco, santo em vida, trouxe-me na sua morte a lembrança de que um dia me foi proposto passar de discípulo a apóstolo e que isso implica decidir depois da cruz, mesmo na minha fragilidade e hesitações. 

Regressar aos pilares, à essência de quem sou e escolho ser no mundo, nos meus próximos.

sábado, março 22, 2025

Bem para além da Adolescência...

 

Vi de rajada.

Esta série transporta-nos para vários níveis, todos eles avassaladores pela dimensão humana que acarretam.

Não sei se a moda com que está a ser publicitada e aclamada significa o modo como toca a todos os que veem.

Eu tiro daqui, como já tirei do “Ainda estou aqui” e tirei do meu último ano, que a vida é tão mas tão aleatória. E que não há mesmo nada que possamos fazer quanto a isso, mesmo que tentemos fazer tudo certo.

Tomarmos consciência do mundo em que vivemos, os perigos que corremos, do que nos pode fazer melhores ou piores seres humanos, aproximar ou afastar dos outros, é fundamental.

Tomarmos consciência do nosso papel e dificuldades enquanto pais é óptimo e acho que até o vou fazendo bem e muito em conjunto com as amizades que cultivo.

Mas assim como não daria este título à série (que ultrapassa extensivamente essa temática), também não lhe atribuo exclusivas tónicas de parentalidade ou desta  'pandemia' que atravessamos, “o mau uso das redes”.  

Podemos aqui ter várias chamadas de atenção e pequenas lições, mas encaro este filme como um reminder do quão madrasta a vida pode ser e que há situações em que erguermo-nos nos parece (e é?) impossível. 

E no meu campo mais pessoal é um treino constante aceitar que ainda que invista as minhas energias em tudo o que me parece ser o mais “certo”, as minhas ações são uma infinidade do meu pequeno universo.

A luta entre a frustração e aceitação.

quarta-feira, fevereiro 26, 2025

"bota no saco" da Injustiça

Havia o saco do Mistério.
Onde cabe o infinito do que não compreendo da Fé.




Ensinou-me a vida que há também um saco sem fundo, "O saco da Injustiça"

A vida não é justa e ponto final.
E aceitar isso custa como o raio.
Entre a sorte ou o azar, as coincidências ou não, o livre arbítrio ou as escolhas, não há uma barómetro de justiça.

“Todo o porco tem o seu Natal”. Não! Alguns têm só uma morte tranquila mesmo.
E é o que é. Há quem sofra muito e que sofra pouco, há quem tenha uma vida incrível e quem viva sempre na desgraça, há os do meio...


(...)
No meu íntimo peço alguma justiça, mas não sei se tenho que pedir alguma coisa, a não ser respeito. E no fundo eu vejo a minha verdade e o mundo como eu o sinto e penso e não posso exigir o mesmo dos outros.

Agradecer a "minha" injustiça ser só isto mesmo e não uma doença, uma perda, uma catástrofe.
Seguimos.