sábado, dezembro 11, 2010

"assunto recorrente"...


Foi há cerca de 6 anos (mais coisa, menos coisa). Eu devo ter dito: "Eu sou assim e não vou mudar". O J. "debateu-se" comigo e ganhou a batalha, claramente. Ou melhor, fiquei eu a ganhar, com a sensatez, sabedoria e persistência de um amigo que insistiu comigo na desconstrução desta ideia (que hoje assumo como medíocre).
Vencida a batalha, desde então a guerra é minha ou por minha conta. Ainda tenho o "gritador"* visual, mas tento não precisar dele para me lembrar que "sou assim e posso mudar para melhor".

Curiosamente com outro J. tenho discutido isto, se bem que sem divergência de opinião.
O J. defende que, mesmo quando chegarmos a velhos, temos que manter a capacidade de sonhar, ainda que seja o simples sonho de terminar um livro.
Esta ambição, o objectivo de nos superarmos, de sermos cada vez mais, é a "força motriz" da mudança.

E para isto os '"gritadores" são fundamentais. Saber aceitar críticas construtivas, saber ser humilde e ser "pobre". Das muitas ferramentas que temos à nossa disposição para nos conhecermos, os outros são talvez a mais fiável. Como nos vêem, como nós agimos neles, diz-nos quem somos e em que podemos crescer (ainda que seja doloroso pedir aos outros que nos falem de nós, principalmente quando nos mostram o que não queremos/gostamos de saber).

* gritador - objecto usado nos livros do Harry Potter com a funcionalidade de lembrar algo importante a quem se esquecesse

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