sábado, janeiro 26, 2008

Silêncio...

A ambiguidade do silêncio em mim e nos outros.
A ambiguidade do silêncio que apazigua e que desconcerta...





“Um homem dirigiu-se a um convento de clausura, isto é, um convento onde se vive longe do ruído da cidade e num silêncio desejado. Perguntou a um desses monges:
- Que aprendeis vós com a vossa vida de silêncio?

O monge estava a tirar água de um poço. Disse ao seu visitante:
- Olha para o fundo do poço. Que vês lá dentro?

O homem olhou para dentro e disse:
- Não vejo nada.

O monge ficou algum tempo sem se mover e no final disse ao visitante:
- Contempla agora. Que vês no fundo do poço?

O homem obedeceu e respondeu:
- Agora vejo-me a mim próprio: espelho-me na água.

O monge concluiu:
- Vês? Quando eu mergulho o balde, a água fica agitada. Agora, pelo contrário, está tranquila. É esta a experiência do silêncio: o homem vê-se a si próprio.”

1 comentário:

Anónimo disse...

Daí o silêncio levar por vezes á loucura