quinta-feira, setembro 20, 2007

pés na terra...




Afinal sou simplesmente eu.
Hoje descobri que sou vulgar. Sou como qualquer pessoa. Penso igual, sinto igual, ajo igual, vivo igual. Não sou diferente do que vejo, não sou diferente do mundo em que estou.
Vivia na ilusão de ser original... que o meu universo mental se destacasse dos "comuns mortais". Mas afinal sou eu assim.
Queria marcar a diferença. Mas não consigo. Porque sou um ser igual a tantos outros cheio de limitações e barreiras interiores.
Às vezes acreditava, talvez inocência, talvez ingenuidade, talvez o mundo cor-de-rosa (lembro-me do tempo do mundo cor-de-rosa...tão distante mas tão perto).
E hoje percebi, como aos poucos me vou apercebendo, porque a vida faz crescer, porque os enganos às vezes são pedras construtoras.
Tenho a sensação que a vida nos vai dando exactamente o que precisamos no momento certo.
Tenho a sensação que Deus vai-nos mostrando assim os trilhos...
Não é fácil tomarmos consciência da nossa pequenez, da tal vulgaridade. Faz-nos sentir frágeis, vulneráveis, porque afinal somos como qualquer outro, que nunca julgámos ser.

2 comentários:

Anónimo disse...

eu ainda assim acho que tens qualquer coisa, qualquer coisa aí dentro que te faz diferente.
para mim pelo menos.

ip

micose_ou_mifrita disse...

Tive uma vez exactamente a mesma revelação. Exactamende de acordo com o que escreves nas ultimas 5 linhas.

Fiquei um bocadinho desiludido com a descoberta e depois conformado. Mesmo "vulgares", continuamos a ser criaturas apaixonantes (e refiro-me ao género humano em geral, obviamente).