quarta-feira, fevereiro 19, 2014

sunrise...




  

O poder do sol....

sábado, fevereiro 08, 2014

no news...


Este blog é um gritador da minha consciência!




quinta-feira, fevereiro 06, 2014

resiliência parte...




Em 2010...
... conversávamos acerca do que queríamos fazer quando fossemos grandes.
Tu dizias que não poderias escolher uma especialidade como cirurgia porque tinhas medo de não ser suficientemente bom e dedicado. Nós tínhamos vidas muito cheias de coisas boas ("distrações") que não médicas. E tu dizias-me que não conseguirias não manter essas coisas boas.
Eu, sempre muito crescida e segura de mim, dizia que não, que era possível ter a dedicação necessária, que era altura de apostar nisto e que, ainda que não fosse uma cirurgiã top poderia ser boa e dedicada o bastante...

Em 2014
... tenho-me lembrado vezes e vezes da nossa conversa. 
Em conversa com o Pe P. dizia-lhe que tinha decido em consciência (e oração) não ter "distrações" durante este período da minha vida. Porque assim poderia dedicar-me apenas e somente à minha formação (e vida pessoal, naturalmente).  Mas na verdade não sei se isso faz grande diferença...


Às vezes temos que dar ouvidos aos filhos.
As distracções não vêm  (só) de fora...
Vem tudo dar aqui...




quarta-feira, fevereiro 05, 2014

des(ilusões)...



O sitio onde eu trabalho tinha fama de ser “a escola de Lisboa”...
Quando pude escolher o sítio onde iria formar-me e trabalhar durante 6 anos ponderei vários factores: qualidade da formação, diferenciação, carga horária… aquilo que procurava ser o melhor equilíbrio entre a qualidade profissional e pessoal.
Mas ao que parece escola está a perder qualidades de ensino.
Não sei se é fruto dos tempos ou se são os tempos fruto das pessoas...
Os senhores do topo da pirâmide têm como preocupação major a contenção de custos.
Os senhores do 2º patamar viveram um tempo tão diferente do nosso que as lentes que lhes puseram há 20 anos atrás desfocam a realidade de hoje.
O patamar antes do meu  está demasiado centrado em preservar a sua zona de conforto, assente na comodidade do 'meio da vida', que não quer ficar para trás, mas sem fazer qualquer esforço para ser motor de progresso.

Sobra a  base da pirâmide. Entre a impotência do ser o elo mais fraco e a total dependência no aprender, sentimo-nos de mãos semi-atadas..

É frustrante perceber as qualidades humanas que de desperdiçam por interesses desajustados.
Sinto que a "minha escola" corre o risco de definhar e não sei bem se vou ser arrastada nisso ou remar contra a maré...

segunda-feira, fevereiro 03, 2014

reCiclar...



Naquele sábado de aleluia, A M.C. disse em palavras aquilo que me atormentava a alma. 
E o que saiu foi assim parecido: " Não tenho nenhum dom. Não sou especialmente boa em nada. Não me destaco.. (etc). Mas descobri que sou equilibrada. Faço bem um pouco de várias coisas. Não sobressaio muito na faculdade, não sobressaio em nenhum instrumento musical, não sou a melhor em propriamente nada, mas sou boa em várias áreas. E tenho que aproveitar isso como um dom também. O meu dom não é ser brilhante em nada, mas ser equilibrada em várias coisas." 

Escolhi Medicina porque isto me ajudou a clarificar-me. Já naquela altura tinha medo e não ser uma óptima médica, de excelência! (como se pudesse só ser boa farmacêutica). Tomei consciência que não tinha perfil  para ser uma excelente investigadora nem uma médica de excelência, mas que podia ser boa farmacêutica ou boa médica, desde que conseguisse ser também boa filha, boa irmã, boa nadadora, boa cidadã, boa amiga, boa madrinha, boa a cantar... 
Não sei se foi um contentar-me em ser boa em vez de óptima, mas sei que essa resolução me deu paz. 

Reencontrei a M.C. por "ironia" (?) da vida num contexto bem mais próximo do que se adivinhava. 
E reencontro novamente esta inquietação. Já não sei se consigo ser boa nisto tudo. Se o equilíbrio é possível com vantagem para todas as partes, sem perdas...