domingo, junho 27, 2010

lost in translation...


No dia 1 de Maio comecei um novo estágio. Medicina Interna (os alicerces da medicina).
Eu sabia que podia gostar. Sabia que podia aprender muito, depois de pouco ter aprendido no mesmo estágio do ano passado, mas depois também de muito ter estudado desde então.
As expectativas (acho) eram comedidas... sedimentar e organizar alguns conhecimentos teóricos, organizar mentalmente uma série de informação, adquirir outra. Aprender a ser (jovem) médica e sentir-me capaz, produtiva, útil.
Tenho em mente que médico que seja verdadeiro médico gosta de medicina interna. E tenho a convicção que todos temos que saber "um pouco" de medicina interna, que é a base, é essencial ao bom profissional.
Não aspirava, antes do estágio, a ser internista. Não sou apaixonada. É preciso sermos apaixonados por isto para sermos bons (?!) Não tenho vocação/perfil/jeito/capacidades!
Já sabia isto, ainda assim dispus-me (contente) a aprender.
Tive azar? A minha tutora é má, má é a palavra certa. Não aprendo com ela, porque ela não se dispõe a ensinar-me, nem facilita a que aprenda com outros, aliás, dificulta. No meu dia-a-dia na enfermaria vou sentindo em crescendo incapacidade e frustração.
Teria como alternativa (?) o serviço de urgência... mas não há orientação de internos do ano comum, não na minha equipa. Em vários bancos que fiz, apenas em 2 me senti/fui capaz de (sozinha) orientar doentes. Porque não tenho uma medicina tutelada, mas sim observacional e, nesta altura do campeonato, isso já não basta... é preciso puxar mais por mim. (Eu preciso puxar mais por mim?)
E sinto-me a perder o comboio... que continua a passar e não há maneira de eu entrar nele.
Eu trato sempre bem os doentes, sou atenta e humana, mas não sinto brio no que faço, não me preocupo como deveria. Faço o meu papel, mas não sei o que faço para além dos mínimos e sei que deveria fazer os máximos. Tentar, pelo menos. Esforço-me pouco e não me apetece, não gosto. Ser ou não ser (médica), eis a questão...

E não é um drama para mim pensar que o caminho pode não ser este. É drama sim pensar que posso vir a ser má profissional, isso não posso nem quero permitir! E por isso urge (mas não emerge) pensar/discernir o que me motiva e onde posso ser boa e agir por bem.

Prognóstico: Sobrevive-se bem... (em tempos de desolação, já se sabe...)

Plano: Ser mais pró-activa. Acção-reacção.

domingo, junho 13, 2010

festas...



Vivam os Santos Populares...