domingo, outubro 21, 2007

esperado...






Para cuando Sobrevenga el Final



Y si solo queda silencio,
el insomnio de una canilla
que no se cansa de gotear.
Y si solo queda por contar
una historia sin historia,
la noche nulade 40 cigarrillos
aplastándose sin sentido.
Y si solo se trata de retratar siempre
el mismo paisaje siempre,
la misma ventana siempre,
la misma miseria siempre.
Y si este corazón se durmió
de anestesia localy se siente superfluo
latiendo a medio motor,
llorando a lágrima falsa.
Y si solo quedó por disfrutar
esta paz de lexotanil,
este canto tedioso,
esta melodía monótona,
esta soledad de dos plazas.
Para cuando sobrevenga
el final improvisado
no quedará más que un
" resígnese hermano "
para pagar la entrada a la eternidad,
o a la nada que nos espere.
Nos quedarán solo
los músculos cansados, solo
los labios cansados, solo
las manos cansadas, solo
los dedos cansados, solo
para justificar
esta ausencia de existencia
que nunca nos cansamos
de dar por sobreentendida
presente, mediocre
e irónicamente
especial y eterna.




Gito Minore

sábado, outubro 20, 2007

...


quinta-feira, outubro 18, 2007

plágio...


"O que é frágil garante a segurança.




E porquê? Já é assim também nas estruturas e nas instituições. O que é construído assentando na fragilidade, resiste mais facilmente às grandes transformações, aos sobressaltos inevitáveis do correr do tempo. Mas as revoluções fazem desmoronar tudo o que é rígido, burocratizado, empedernido. (…)Queremo-nos seguros da segurança que reside nos bens, na permanência em um lugar, nas coisas que dizemos nossas, nas decisões que julgamos tomar sozinhos. Buscar fragilidade é o contrário disso. É ser plasmável, capaz de vibrar com o que muda. As pessoas mais seguras – fiéis, coerentes, fortes – são paradoxalmente as mais frágeis – não da fragilidade das bonecas de louça da infância mas da fragilidade dos bambus que a tudo resistem. A fragilidade não é uma qualidade do carácter – é uma dimensão da inteligência. Como tal, oferece a segurança das coisas certas e maduramente reflectidas.”

Maria de Lourdes Pintasilgo


























É assim comigo, é assim contigo, connosco e com vocês.
É assim nas estruturas e instituições.
É assim e ainda bem que é assim... sou contraditória por ser temedora e amante das fragilidades, que nos fazem mais pequenos e grandes.



(A minha vontade era divulgar-te... até quando? assim tenho que "te copiar"...)

quarta-feira, outubro 10, 2007

notas...




Fazes muito mais que o sol...

terça-feira, outubro 09, 2007

batalhas...



Ouvi não sei de quem, não sei onde, não sei quando...
Ouvi que estamos sempre a comunicar. Que comunicamos com gestos, com palavras, olhares, sorrisos, expressões...

Um piscar de olho, uma lágrima, um toque, um acenar... Comunicamos com o corpo.
Eu não sei não comunicar... Mas não sei se comunico bem, ou, pelo menos, sempre bem.
É importante comunicar o que aos outros constrói... é também importante comunicar o que vamos sentindo e vivendo.
Comunicamos e interagimos. E as falsas comunicações levam-nos para ciclos viciosos de sentimentos e "cargas" negativas.
Diria que devemos comunicar com simplicidade e sinceridade. E assim "damos" aos outros o que temos de mais básico para dar... como quem estende a mão e diz sem dizer: "Estou presente".






Tenho comunicado pouco.
Tenho comunicado mal.
"Espero" o dia em que voltemos a comunicar sem interrupções...

segunda-feira, outubro 08, 2007

câimbras...

Não sei se escale...


Não sei se reme...



Não sei se acredite...


sábado, outubro 06, 2007

soltas...




O que temos de certo nesta vida?

E o que damos como certo?
Às vezes, quando caminhamos por terras sólidas, esquecemo-nos por instantes dos trilhos por onde andámos até encontrarmos os caminhos traçados.

Recordo agora as únicas coisas que talvez tenha como certas... e digo talvez porque certezas não asseguro. A minha fé e a minha família. Chamo de certo ao que me leva a pensar que se desaparecesse e reaparecesse passados 20 anos estaria cá para me receber da mesma maneira que se apenas desaparecesse por um dia. Chamo de certo ao que me acolhe, me quer bem, me ama sendo eu mesma intemporalmente, santa ou pecadora. Chamo de certo a Deus e aos laços de sangue.